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Ter um pet costuma ser sinônimo de momentos inesquecíveis. Eles são uma fonte quase inevitável de carinho, reciprocidade e de muita diversão. Mas esse relacionamento vai muito além da amizade entre o animal e o tutor. Cuidar de um bichinho também pode auxiliar no combate à demência, uma doença que afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
O estudo que relaciona os animais de estimação com a prevenção à doença foi desenvolvido pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, onde a quantidade de pacientes com demência é ainda maior – por lá são 5,8 milhões de pessoas. Durante os testes, os pesquisadores observaram os resultados de testes de memória feitos com dois mil adultos. Eles foram analisados durante seis meses, considerando quem tinha animais e quem não tinha.
Por enquanto, os autores do estudo admitem que a conclusão vem da pura associação entre quem cuida de animais e o surgimento da demência, e indicam que são necessários mais pesquisas para comprovar efetivamente essa relação. No entanto, para Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au! Happy, plano de saúde voltado para pets, há uma confiança elevada de que o resultado da pesquisa condiz de fato com a realidade.
“Consigo observar indícios positivos na pesquisa. Por exemplo, o fato de que as pessoas com mais de 65 anos que tinham um pet há pelo meia década conseguiram apresentar memórias de curta e de longa duração com melhor desempenho em relação àqueles que não tinham um animal em casa”, sustenta Simone. “O pet é uma responsabilidade, um familiar que necessita de um relacionamento mútuo, ainda que seja apenas para dar água e comida. Isso contribui efetivamente para manter o cérebro em movimento”, defende.
A rotina de cuidados com o pet, como levar para passear, ir ao veterinário ou para fazer algum treinamento também contribui para a atividade cerebral, na avaliação da executiva da Au! Happy. Por isso, ele recomenda que o tutor crie desde o primeiro dia alguns hábitos de relacionamento com o bicho de estimação. Simone aposta que, com isso, o cuidado poderá se converter num quadro melhor de saúde mental.
“Criar uma rotina de horários e dias para a realização de determinadas ações é uma medida que percebo que contribui muito. O pet oferece um nível de carinho, de afeto, que provoca no tutor um senso de companheirismo mútuo, que precisa ser traduzido em ações práticas, rotineiras. É como uma criança que todos os dias, por instinto, pede comida, água, banho e outros cuidados. A pesquisa não é taxativa nesse sentido, mas posso crer que seja por essas demandas que a pessoa se mantenha com um cérebro mais saudável”, pontua.
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